Silicone Interfere na amamentação?
- Hellen Cordeiro
- 21 de dez. de 2022
- 2 min de leitura

Cirurgia estética
O Brasil é um dos líderes mundiais em número de procedimentos de cirurgia plástica realizados anualmente. A cirurgia mais procurada é para o aumento do volume das mamas, representando hoje mais de 500 mil cirurgias por ano, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
De maneira geral, as cirurgias estéticas são realizadas em mulheres que ainda não se preocupam com a amamentação e por isto não buscam se aprofundar nas pesquisas sobre a real interferência dos procedimentos estéticos na mama , antes de se submeterem.
• Mamoplastia de aumento, as famosas próteses de silicone, apresenta diversidade de opiniões e orientações. Alguns médicos acreditam que a incisão inframamária não muda o curso do aleitamento, mas a verdade é que a produção de leite pode apresentar-se insuficiente independentemente da incisão.
A presença da prótese acaba por impactar negativamente o processo de expansão da mama, porque a distensão promovida pelo implante tem um efeito inibidor da síntese de leite e, portanto, a paciente terá maior dificuldade de manter o aleitamento exclusivo em razão da produção diminuída.
Outro ponto que impacta, está relacionado com a inserção da prótese, que pode proporcionar uma lesão ductal em todo o trajeto do parênquima, além da fibrose cicatricial e obstrução de ductos. A incisão axilar, em razão da distância percorrida até a loja da prótese, parece ser mais agressiva nesse sentido, mas quando comparadas parece não haver diferença entre as incisões axilar, periareolar e inframária.
Considerando-se esse fator, a incisão inframamária mostra-se mais adequada, pois aparentemente é a menos invasiva e fica mais distante do complexo areolopapilar. Com relação à localização da prótese, a maioria das citações bibliográficas relata que as pacientes com implante retroglandular ( atrás da glândula e na frente do músculo) têm dificuldade muito maior para amamentar quando comparadas às pacientes com implantes retromusculares (atrás do músculo).
As evidências científicas, até o momento, não apresentam uma diferença significativa, quanto à forma ou ao tipo de implante.
Referência: Doenças Mamaris na Gravidez e Lactação - Beatriz Baaklini
Comments